Conhecida por afetar tanto animais quanto humanos, a esporotricose demanda atenção especial devido ao seu potencial zoonótico.
Transmitida principalmente pelo fungo Sporothrix spp., a esporotricose tem sido associada, em grande parte, a S. brasiliensis.
Este patógeno encontra-se predominantemente em ambientes onde há grande concentração de materiais orgânicos em decomposição, além de ser facilmente propagado através de ferimentos causados por arranhões ou mordidas de gatos infectados.
O aumento do diagnóstico de esporotricose é um alerta global?
A disseminação de esporotricose, especialmente a variação causada por S. brasiliensis, tem se mostrado uma preocupante tendência.
O salto nos casos registrados desde 2007 no Brasil e a recente identificação de casos em outras partes da América do Sul e, surpreendentemente, no Reino Unido em 2023 são indicativos da necessidade de vigilância contínua.
Quais são os principais sinais da esporotricose em humanos e gatos?
Em gatos, a esporotricose pode aparecer como lesões cutâneas que variam de pequenas a extensas, comumente afetando face e membros.
Para os seres humanos, a apresentação é, na maioria das vezes, através de lesões cutâneas ou linfocutâneas.
Em ambos os casos, a possibilidade de infecções mais graves, que atingem órgãos internos, é evidente, especialmente em indivíduos ou animais com sistema imunológico comprometido.
O tratamento para esporotricose envolve o uso de antifúngicos, como itraconazol e iodeto de potássio.
A escolha do tratamento depende da gravidade e localização da infecção. Para os casos mais graves, alternativas como posaconazol e anfotericina B podem ser consideradas.
Monitoramento
Exames regulares em gatos, especialmente aqueles com acesso ao exterior, são essenciais para detectar a doença precocemente.
Educação
Informar proprietários de gatos sobre os riscos e sinais da esporotricose pode ajudar na prevenção e identificação precoce da doença.
Medidas de controle
Em áreas onde a esporotricose é endêmica, medidas para controlar a população de gatos de rua podem ser necessárias para reduzir a transmissão.
À medida que o movimento de animais de estimação entre países continua a crescer, a prevenção e o controle efetivo tornam-se ainda mais fundamentais para evitar surtos futuros.